Hyldon

Ícone da soul music no Brasil

Entrevista com Hyldon

 
Hyldon “Soul Brasileiro” em grande estilo!
Cantor  reedita disco com bônus e outras coisas…
Por Elias Nogueira
Seis meses foi o tempo em que Hyldon e seu co-produtor César Delano ficaram no estúdio refazendo voz e vocais, colocando guitarras e remixando todas as faixas do “Soul Brasileiro” – o original foi lançado em 2004, o resultado é um disco remontado. Ricardo Garcia fez a masterização e o projeto gráfico foi desenvolvido e criado pela Agência Guanabara e do consagrado Dj Zé Octavio.
Hyldon recrutou seus camaradas para ficar melhor o que já era bom; Zeca Baleiro, Nação Zumbi, Frejat, Seu Jorge, Céu, Karina Buhr, Carlinhos Brown, Galo Preto, Chico Buarque, Jorge Vercillo, Arnaldo Antunes, Edgar Scandurra, Alceu Maia, Marlon Sette e Zé Menezes.
Os seus fãs ainda ganharão uma faixa bônus com a música “Estão dizendo por aí” e mais um clipe em full HD, da música Brazilian Samba Soul, dirigido por Malú Schöerder. Versos que Hyldon divide com sua filha Yasmin, em um momento ímpar na vida do cantor.
“Soul Brasileiro” não é apenas mais um disco de Hyldon, o soulman que se destacou nos anos 70. Hyldon misturou pop, samba, soul, choro e forró. Digo mais:  não são as únicas coisas interessantes que este trabalho do músico baiano radicado no Rio traz, ele divide suas músicas com letristas e as letras com musicistas.
Hyldon teve seu primeiro e maior sucesso em 1975, com a balada emblemática “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, título de seu primeiro disco, que ainda estourou “Na Sombra de uma Árvore”, “As Dores do Mundo”, “Sábado e Domingo”, “Acontecimento”, e “Vamos Passear de Bicicleta”.
Soul Brasileiro – Edição Extra.
– O Estúdio da Warner Chappel sofreu uma grande reforma ,e em cinco anos a tecnologia evoluiu muito e me fizeram a proposta de dar um up grade. Resolvi aceitar o desafio, no início era só pra colocar novamente as minhas vozes, mas no embalo resolvi colocar alguns vocais e já que estava com a mão na massa, meti umas guitarras também, tudo na maior calma e capricho e com cuidado de não descaracterizar original que foi tão elogiado sendo indicado como um dos melhores discos do ano. Foram seis meses de trabalho e teve remixagem com César Delano e a masterização com Ricardo Garcia.
Além das fronteiras.
– Fomos procurados por Japoneses e Europeus, estamos em conversação para lançarmos por lá.
“Estão dizendo por aí”
– Fui gravar o programa do Arnaldo Antunes o Grêmio Recreativo Arnaldo Antunes,foram dois dias maravilhosos  ,um de ensaio e outro com um show ao vivo no Stúdio SP. Pra que não viu, aliás pode assistir no site da MTV. A idéia é juntar um grupo de artistas capitaneados pelo Arnaldo e todos interagirem nas músicas um do outro. Nesse meu dia que foi o primeiro programa o time era uma seleção; Arnaldo Antunes, Seu Jorge, banda base Nação Zumbi, Edgar Scandurra, Céu, Karina Burh, Gui, Rica Amabis e Dustan Gallas (Cidadão Instigado), A MTV fez um clipe de uma das músicas que cantei “Estão dizendo por aí” uma música que gravei no meu disco de 1977 na antiga CBS e que grupos novos redescobriram, resolvi fazê-la por que é um funk e permite participação de todos e da platéia..O mais legal foi que a MTV liberou a música e pude incluí no CD; aumentou o número de participantes para 43 pessoas..O disco ganhou um trabalho gráfico com direito a mini-pôster com as letras e todas informações.
Você diz que esse é um dos melhores de sua carreira.
– É como filho, você fica babando o bebezinho que acabou de nascer, mas gosto de vários até por que posso até ter errado a mão em algum. Mas todos foram feitos  sem concessões e com alma. Esse tem um lance novo, vem com um clipe da música “Brazilian Samba Soul” e já está rolando por aí.
Fora do contexto… você já assistiu à peça Tim Maia – Vale tudo, o musical?
– Não vi e nem verei. Eu e Tim fomos amigos e somos parceiros, prefiro ficar com as minhas lembranças, mas fico contente que esteja fazendo sucesso e propagando as músicas do meu querido.
Fonte: Elias Nogueira
   

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