Hyldon participa da feira de vinil no Rio e faz matéria para Rockpress | Rockpress

Hyldon no Rock in Rio 2017 (Foto Vinicius Pereira)
Hyldon no Rock in Rio 2017 (Foto Vinicius Pereira)


Hyldon é o convidado especial da próxima edição da Feira de Vinil Gira Música que acontece na Casa daPolônia, no dia 1/9, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. A Rock Press teve a oportunidade de bater um papo com o artista, na Coluna 1, 2, 3, 4…, que falou sobre discos de vinil, sua longa e frutífera carreira de quase cinquenta anos, e nos revelou em primeira mão detalhes de seu novo disco a ser lançado em 2020.

 

A próxima grande feira de vinil em terras cariocas já tem data e local para acontecer: dia primeiro de setembro, aos pés do Cristo Redentor, na Casa da Polônia, em Laranjeiras na Zona Sul do Rio de Janeiro. Estamos falando da Feira de Vinil Gira Música que é uma iniciativa dos mesmos idealizadores da tradicional Carioquíssima. Além dos variados títulos em discos de vinil, CDs, DVDs e equipamentos de som, o evento, ainda, terá gastronomia, cerveja artesanal, mercado vintage com curadoria da Sol Azulay Atelier, moda, DJs, debates, espaço infantil e muita música. Entre os expositores, estão confirmados os stands de vários estados entre eles o Selo Cultural Parayba Records (RJ), que tradicionalmente trabalha exclusivamente com os vinis da Polysom Discos.

As atrações de destaques ficam por conta de uma exposição com o acervo histórico de Lincoln Olivetti, e o convidado especial da feira, ninguém menos do que Hyldon que autografará seus discos que estarão à venda no stand da Parayba Records com preço promocional por conta da feira.

A trajetória de Hyldon nos proporciona um passeio pela história da música brasileira. O fato de o músico ter sido influenciado por diversos gêneros musicais faz com que artistas das mais variadas origens também se identifiquem com seu som, criando uma enorme rede de conexões. Nessa entrevista, ele fala de sua carreira, desde o início tocando Rock nos bailes, a descoberta da soul music, estilo do qual foi um dos precursores no país ao lado de Tim Maia e Cassiano, e suas outras influências que vão desde os cantores da Era do Rádio ao samba e ao Rap. Ele, ainda, nos revela detalhes do novo disco que lançará até o próximo ano. Com vocês, Hyldon na Coluna 1, 2, 3, 4…

1. ROCK PRESS/ROBERT MOURA: Não é comum um artista estourar no disco de estreia. No seu caso, você já contava com experiência no mercado, havia lançado alguns compactos, e era produtor musical. Além, das questões imponderáveis de como uma música atinge o coração dos ouvintes, qual foi o peso dessa experiência para o êxito obtido com “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, que inclusive mereceu relançamento em vinil em 2016?
HYLDON – Eu comecei a compor com 13, 14 anos, quando fiz uma banda de Rock lá em Niterói/RJ, chamada “Os Abelhas” que fazia baile. Fiz muito baile, e tinha um primo, o Pedrinho, que era dos Fevers que me dava as suas guitarras antigas da Giannini. Isso fez com que eu formasse essa banda. Depois, quando eu estava com 16 para 17 anos, a minha mãe resolveu voltar para a Bahia, a gente era de Salvador, e ela se separou do meu padrasto. Eu já estava fazendo baile, já sabia que o meu negócio era música e já estava compondo. Aí fui morar com meu primo porque essa foi a condição que minha mãe impôs para eu não ficar aqui sozinho no Rio. Fui morar com Pedrinho e foi muito bom porque fiquei naquele ambiente. Os Fevers eram uma banda de Rock, depois virou uma banda muito Pop, mas no início era Rock’n’Roll, assim como a Jovem Guarda. Eu o acompanhava em todos os lugares, ia aos programas de televisão, nas gravações todas, andava com ele o dia inteiro, eu era quase um roadie dele (risos). E eles também faziam muito baile, às vezes tinha baile da minha banda e eu ia tocar, fazia caravana das rádios, da Rádio Globo, acompanhando artistas com quem eu gravava como o Robert Livi, Paulo Sérgio, uma galera mais popular. Acompanhei muito cantor em circo tocando violão sem amplificação. Até que um dia faltou o guitarrista numa gravação (dos Fevers) na CBS (hoje Sony Music) e substitui o Almir na guitarra. Apesar do nervosismo por ser a primeira gravação, fui bem e fiquei sendo “sub” (N. do A. substituto na gíria musical) e isso propiciou que eu tivesse mais contato e moral para chegar aos produtores e apresentar minhas músicas. Foi assim que gravei minha primeira música. Falei com o produtor do cantor Robert Livi, que faleceu esse ano, que é uma pessoa que gravou algumas músicas minhas. E o Robert Livi estourou com essa música minha que entrou num de coletânea “As 14 Mais”, o nome da música era “Eu Me Enganei”. Eu tinha, na época, 16 para 17 anos e não podia assinar contrato, então o meu primo foi quem assinou o contrato em meu nome. A partir dali, fiz muita música com o Pedrinho, conheci muita gente das gravadoras, e compunha com o Pedrinho, compunha sozinho. Até que um dia falei, cara, para eu gravar um disco, para me sujeitar a fazer as coisas que a gravadora quer, que o empresário quer, o melhor jeito é ir trabalhar numa gravadora e foi o que fiz. Comecei a produzir a convite do Mazzola que foi o primeiro cara que me deu oportunidade. E comecei a chamar os caras que eu queria gravar para fazer as produções, Odair José, Erasmo Carlos, produzi muito samba também, bandas que não tinham nome, tipo Banda do Canecão. A galera do vinil conhece esses discos. Chegou uma época em que comecei a ser chamado para gravar guitarra, gravei com Wilson Simonal, com o Luiz Melodia, o Tim. Gravei os dois primeiros discos do Toni Tornado. Inclusive, tem música minha no primeiro disco dele depois do festival (N. do A. o V Festival Internacional da Canção, em 1970, que Toni Tornado venceu defendendo a canção BR-3 de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, ao lado do Trio Ternura) e fui tocar na banda dele, e tudo isso foi me dando experiência. E tinha um fato importante, a gente gravava com orquestra, então, aprendi a trabalhar com orquestra. Quando eu fazia música, já fazia pensando nos arranjos de cordas, eu tinha uma ideia de como a música ia ficar. Acho que isso ajudou muito no meu disco. Em 1973, gravei um compacto com “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda” e a gravadora falou que foi sorte de iniciante, apesar de ser primeiro lugar no Brasil inteiro. Foi um disco que andou sozinho, os programadores de rádio que descobriram. Devo muito a esses programadores, inclusive ao Big Boy que me tocou aqui na Mundial que era a rádio número um do Rio entre os jovens. O Big Boy me ajudou muito com isso de botar minha música para tocar. A gravadora não queria me perder como produtor. Então, produzi um disco, e falei que queria fazer um álbum meu. Gravei vinte músicas, tiraram uma para fazer o compacto que foi “As Dores do Mundo” que também estourou, acho que o lado B era “Sábado e Domingo”. E depois lançaram meu LP, “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda” com doze músicas.

2. ROCK PRESS: Você sempre mesclou muitas vertentes musicais em seus discos. Dos singles mais recentes tem o Rap “Um Luau Pra Você” com o Rappin’ Hood com uma base puxando para o samba-rock, “O Vendedor de Sonhos” numa linha mais dance eletrônica. Mas, também senti uma pegada de Rock bem forte. O single “Zondag In Amsterdam” (em português, “Domingo em Amsterdã”) é um potente Blues Rock. No Rock In Rio 2017, se apresentou com uma banda que tinha uma guinada pro Rock, inclusive com o Edgard Scandurra na guitarra. O disco novo vem nessa pegada?
HYLDON – Pô, tu acertou na mosca, cara! Como estava te falando, eu tenho essa formação. Toquei com a Ana Cañas  no Rock In Rio, foi a segunda vez que toquei. Toquei no Rock In Rio em Portugal também com uma banda de lá, que é uma banda instrumental (banda Orelha Negra), com um estilo meio soul, meio dance, uma música eletrônica, mas com batera, baixo. Acho que isso vem comigo desde pequeno. A primeira formação que eu tive foi pela rádio. Os meus ídolos eram os caras de rádio, ou Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga que tocavam no interior onde morei até os 7 anos. Mas, aqui no Rio, eu ouvia muito Nelson Gonçalves, Ângela Maria, programas na Rádio Nacional, a minha mãe me levou para assistir, eu tinha uns 7, 8 anos. Até que um dia, acho que em 1957, ouvi Tutti-Frutti com Little Richard, e comecei a me interessar pelo Rock’n’Roll cedinho. Tinha um programa “Hoje É Dia De Rock” que eu ouvia sempre com o Isaac Zaltman, Jair de Taumaturgo, um programa muito legal que tinha às seis horas da tarde. Tinha o programa do Carlos Imperial também. Ao mesmo tempo, acho que isso vem por causa da minha formação de rádio. Depois, conheci o soul, Stevie Wonder, e me apaixonei pela soul music também. Mas, na minha formação tem tudo, tem o samba-canção, a música do nordeste, tem Rock’n’Roll. Tenho alguns ídolos de Rock’n’Roll. Nesse disco, eu quis caracterizar essas minhas influências, tem mais coisa que vem aí de Rock’n’Roll misturado com Rap que é uma coisa que eu amo, sou parceiro do Rappin’ Hood, do Mano Brown, está vindo uma parceria com o Thaíde também que é outro amigão meu das antigas. Acho que o Rap tem uma coisa da poesia muito forte e de representatividade das periferias. Gosto muito, vou à batalha. Do jeito que curto Jimi Hendrix, Led Zeppelin, essas bandas antigas que eu mais gosto, também curto samba demais, Jorge Aragão, Fundo de Quintal, principalmente esse samba de raiz. Tenho muita música que foi regravada, o próprio Jorge Aragão regravou. Agora, estou gravando, mas não fico me programando se vou fazer um Rock’n’Roll, se vou fazer isso ou aquilo. Acho que processa tudo isso, todas essas minhas informações e de repente vem uma ideia e começo a desenvolver, às vezes já vem pronta. Mas, esse disco está com uma pegada mais pro Rock, tem algumas músicas nessa pegada, sabe? O mais importante é fazer o que eu sinto, o que estou com vontade de fazer. Nessa minha luta toda, às vezes as pessoas perguntam “pô, você devia aparecer mais”, mas nunca flertei com esse poder da mídia, CD para gravadora, fazer o que os caras querem. Hoje, então, sou eu mesmo que defino tudo, tenho o meu selo, vou lançando, independente de que vá tocar. Chamam muito para eu fazer televisão, mas é para tocar música antiga, a rádio toca muito as músicas antigas, as músicas novas não tocam, mas ficam registradas, sabe?

3. ROCK PRESS: Um dos trabalhos mais celebrados no ano passado foi “A Pele do Futuro” da Gal Costa que trouxe sua canção “Vida Que Segue”. Li que você deve regravá-la no seu disco, e que ela foi escrita em um fim de semana para poder entregá-la a tempo. Como funciona o seu processo de composição, tem algum padrão ou ordem de música e letra, ou escreve tudo junto? Precisa da inspiração ou puxa pela técnica no caso de encomendas, como uma trilha, por exemplo?
HYLDON – Olha, por exemplo, se me chamam para fazer uma trilha de um filme, alguma coisa assim, você tem que seguir aquele roteiro e criar em cima daquele filme que já existe. Agora, muitas vezes é uma palavra que chama a atenção, às vezes é uma melodia, outras vezes, posso musicar um poema ou uma letra, como já fiz com o Zeca Baleiro. Tenho feito muita parceria e tem sido muito legal isso para mim. Tenho parceria com a Céu, com o Arnaldo Antunes, nesse disco vem uma com Arnaldo Antunes que é muito boa, um rockão. Está demais esse disco. Não posso falar muito porque não gosto de ficar falando antes não. Voltando à história da Gal, desde que comecei, ela estava no meu radar, é uma pessoa que eu gostaria muito que gravasse uma música minha. Das pessoas que eu gostaria de gravar, a Leny Andrade ainda não gravou uma música minha, a Nana Caymmi já gravou “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, Tim Maia que para mim é um dos maiores cantores do Brasil, tipo Nelson Gonçalves assim. O Tim foi meu parceiro. Ele gravou várias músicas minhas. Inclusive, “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda” ele regravou. Quando mostrei, ele falou: “essa música aí não é boa não, ela não tem refrão”, e depois que gravei, as pessoas ficavam pedindo para ele cantar a música no show. Então, ele pediu para eu liberar para ele gravar, era até um disco independente (N. do A. a gravação está no álbum “Nuvens”). Eu liberei, fui lá, toquei o violão. Esses processos variam muito. O que aconteceu com a Gal? Parece que alguém não entregou uma música, e eles estavam terminando o disco e faltava uma música para fechar. Então, o Marcus Preto e o Pupillo (N. do A. respectivamente, diretor artístico e produtor musical do disco), batera da Nação Zumbi que é meu amigo, e hoje está casado com a Céu, pensaram em mim para fazer alguma coisa soul, uma balada soul e me ligaram numa sexta-feira. Eu perguntei: para quando é essa música? Eles disseram que a música tinha que estar pronta para segunda-feira. Eu disse que achava que não conseguiria fazer, mas iria pensar. Falei com minha esposa e ela disse: “tu vai fazer, você sempre falou que queria gravar com a Gal Costa, não vai perder uma oportunidade dessas. Eu vou sair, te deixar sozinho e você vai fazer a música”. Ela saiu de casa, foi ao Shopping, e eu passei o fim de semana inteiro fazendo a música. Na segunda-feira, eu estava no estúdio, gravei um voz e violão e mandei para ela. A música foi gravada no mesmo dia, saíram gravando com cordas, com tudo. No caso da inspiração, tenho muitas músicas que são autobiográficas, e essa pressão às vezes é muito bom para você criar. Eu pensei: o que vou fazer? Precisa ter aquela fagulha, aquela faísca. Então, comecei a ouvir as entrevistas da Gal, nem ela sabe disso (risos). Eu fucei, vi a entrevista dela no Jô Soares, vi tudo que tinha. E fiz a música como se fosse ela. Ela é a musa e a razão da música. A letra fala de uma mulher forte que luta, que canta. Não tem muita explicação, a música foi saindo, quando vi, estava pronta.

4. ROCK PRESS: Você continua com um trabalho muito atualizado, com, por exemplo, uma nova canção sendo gravada por uma cantora de uma geração pouco anterior à sua, ao mesmo tempo em que suas músicas mais antigas são regravadas por novos artistas de diversos gêneros. Como se sente em relação a isso?
HYLDON – Eu sou um compositor, sabe? Eu canto porque acho que quem pode cantar melhor minha história sou eu. Mas, é o maior prazer quando uma pessoa grava umaHYLDON_Rock_in_Rio_2017_FOTO_VER_MAIS_LU_VALIATTI música minha. Com tantas músicas no mundo, tanto compositor, às vezes a pessoa é compositora e grava uma música minha. O Detonautas que é uma banda de Rock que nunca imaginei que eles fossem gravar o “Na Sombra de uma Árvore”, eles gravaram ano passado, no acústico deles. Tem o Marlon Sette, recomendo esse disco, saiu também em vinil. Ele toca comigo já há algum tempo, é meu amigo. É o trombonista da minha banda. Fui a mola propulsora dele gravar, eu que botei pilha para ele gravar, e fiz uma música com ele, “Soul Samba Rock Sou” que até define mais ou menos isso aí que a gente estava falando. E eu fui lá e gravei guitarra e voz. O disco dele está muito bonito. Tem a Cris Oliveira com quem gravei num disco que é até mais para o Rock também. Não tem coisa mais bacana para um compositor, uma coisa que acho tão bacana, do que de repente, você está num barzinho e um cara tocando violão, aí ele toca a minha música, nem sabe que estou ali. Acho que isso para mim é o que vale, sabe? Gosto muito de ficar observando as pessoas. Eu acho que sou um cara conhecido pelo meu trabalho, não pelo marketing, pela coisa de ficar na televisão, nunca fui chegado. Agora, me convidam, eu vou, sabe? Vou ao Faustão, vou ao Ratinho, vou a qualquer um, mas, vou para ver e só. Adoro tocar, adoro estar no palco. Infelizmente, com esse governo que esta aí está foda, está difícil. Os shows caíram muito para geral, né? O país precisa de um up, e a música é um grande remédio. Tanto para você chamar a atenção para algumas coisas. Esse disco meu vai vir foda! Vou soltar uma música sobre a Consciência Negra, uma coisa que eu nunca falei assim especificamente, e vou lançar no Dia da Consciência Negra em novembro. Já está pronta. Já estou com sete músicas prontas. Tem um Rap também que estou fazendo com o Papatinho. Estou gravando um Rock. A minha versão de “Vida Que Segue” que a Gal gravou está pronta. Tem a participação do Romero Lubambo que é um guitarrista fera de jazz, já tocou com a Sarah Vaughan, tocou com todo mundo. Ele mora lá em Nova York, o conheci aqui no Brasil, tocamos no mesmo palco lá, ele deu uma canja. Mandei a música para ele que fez a guitarra e o violão. Eu gravei diferente da Gal porque cada um sente a música de um jeito. Gravei do jeito que eu sinto, e ela gravou do jeito dela, os meninos produziram bem, do jeito do disco dela, dos arranjos do disco. Estou fazendo com menos metais, mais guitarras, tem essa parte afro do samba.

5. ROCK PRESS: Você é o convidado especial da Feira de Vinil Gira Música, um dos mais importantes eventos com colecionadores de vinil do Rio de Janeiro. Como será essa participação? E por favor, deixe seu recado aos leitores da Rock Press.
HYLDON – Poxa, eu acho que é o seguinte, hoje a resistência cultural é o grande lance no momento de crise como a gente vive. Queria te agradecer pelo espaço, estarei no dia primeiro de setembro porque tenho muito gente de vinil. Tenho muito fã, vou fazer show e às vezes aparece o avô, o pai e o neto com os vinis para autografar. E eu sou da época do vinil. É lógico que facilita muito, hoje você quer ouvir o Robert Johnson de Blues ou o Jimi Hendrix, você entra lá no Spotify e ouve, mas não tem a magia do vinil com aquele cheiro, com a qualidade do vinil porque hoje em dia as músicas são espremidinhas, compactadas. Outra coisa é a ficha técnica porque no CD não dá nem para você ler, as letras são muito pequenininhas. As artes dos LPs são muito legais, é um trabalho visual bacana, e tem aquele lance de você botar o disco e ficar curtindo a capa, viajando, aquele momento disco, momento vinil, momento LP. Hoje o cara ouve uma faixa, ouve um monte de músicas. Tem 50 milhões de músicas, sei lá, ou mais. Estou muito feliz pelo convite e pelo fato de poder ir. Tem as festas de vinis, tem a festa do meu amigo Quatrocentos e Quarenta lá no Recife que tem uma feira de vinil. Tenho vontade de ir lá um dia. Vou lá conversar com as pessoas, vou autografar, vai ter os discos lá, sei que a galera leva os discos. Está todo mundo convidado! Valeu, obrigado, Robert, tudo de bom para você e sucesso aí! Vambora, meu irmão, nessa Hyldon_As_Coisa_Simples_da_Vidaresistência cultural para não apagar a memória musical da gente. Não é ficar só na memória também, né? Produzir, trabalhar, enquanto eu tiver saúde para compor porque a grande alegria que tenho é de compor, gravar, registrar meus trabalhos. E gosto muito de fazer show também. Agora, gosto de fazer show em lugar legal, fazer show com banda boa, com músicos bons. Gosto de tocar em festival grande, é legal, você ver 50 mil pessoas cantando uma música tua assim junto. Mas, gosto muito de tocar em teatro também porque fica todo mundo sentadinho ali prestando atenção, é uma comunicação mais direta, você pode conversar. É isso aí, estou aqui trabalhando, empolgadão com meu disco, não tenho pressa ainda de terminar essas músicas que faltam, mas acho que sai lá para abril. Aguardem, vou ver se faço o vinil. “As Coisas Simples da Vida” que foi o último que lancei, a gente fez em o vinil pela Deckdisc/Polysom, espero que eu consiga. Vamos ver o que vou armar. Por enquanto, eu quero fazer meu disco, quando estiver pronto, vou sair para a negociação. Já estou lançando os singles, quem quiser pode conferir lá no Spotify. Um abração, a gente se vê lá!

Então, fica a dica Rock Press, no dia primeiro de setembro, o encontro está marcado na Casa da Polônia, com Hyldon assinado seus discos na Feira de Vinil Gira Música. Logicamente, #Recomendamos! – Robert Moura

Fonte: Rockpress