Crítica álbum “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” | Armazém Geral

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“Na Rua, na Chuva, na Fazenda” é o álbum debut do cantor Hyldon e foi através dele que o músico conquistou grande notoriedade dentro do cenário da música negra brasileira, entrando para o hall de grandes cantores desse gênero, como Cassiano e o eterno síndico, Tim Maia. Talvez você não conheça muito ou nada deste cantor, mas vale a pena conhecer, especialmente esse disco que a meu ver é uma verdadeira preciosidade e traz uma atmosfera positiva e tranquila do início ao fim. O excepcional baixo de Alex Malheiros é o grande destaque instrumental deste trabalho. As letras, de uma intensidade vigorosa e os vocais cheios de gana de Hyldon também se destacam com exatidão.

O disco abre com a homônima Na Rua, na Chuva, na Fazenda, música bem conhecida que já ganhou diversas regravações, mas que nessa versão percebemos a riqueza não só vocal como instrumental que ela possui. Em seguida a graciosa (e minha preferida pra vida toda) Na sombra de Uma Árvore, que vem com letra e ritmos totalmente envolventes, trazendo aquela atmosfera tranquila de paz e amor que falei lá no início do texto e uma sensação indescritível de saudosismo.

Vamos andar de bicicleta traz letra inocente, vocais bem trabalhados, belo conjunto de teclado, baixo e bateria numa harmonia simples e encantadora. As músicas Acontecimento, Vida Engraçada, As Dores do Mundo (que certamente você já deve ter ouvido na regravação do Jota ecat Quest), e a ritmada e atraente Guitarras, Violinos e Instrumentos de Samba também têm seu lugar de destaque.

Sábado e Domingo é de uma levada totalmente carismática enquanto Quando a noite vem traz a grande estrela do disco, mais uma vez ele, o baixo, e letra e interpretação extremamente intensas de Hyldon. O disco ainda traz as garbosas Eleonora, Balanço do Violão, Quando a Noite Vem e Meu Patuá, que fecha o trabalho com a mesma cadência setentista que o iniciou.

Disco encantador, de se ouvir do início ao fim naquele dia em que você pretende relaxar e ficar de bem com a vida.

E mesmo que você não esteja, depois de ouvi-lo, você ficará!

Fonte: Armazém Geral