Crítica show Net Rio – Circuito Geral

hyldon netrio
 
Os 40 anos de “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” foram celebrados pelo seu autor – Hyldon – no Teatro Net Rio, no dia 29 de junho de 2015 – espetáculo ao qual o Circuito Geral teve o enorme privilégio e prazer de presenciar. Partindo do repertório revisitado do seu primeiro álbum lançado em 1975, o compositor, cantor e instrumentista se apresenta com a simplicidade e o carisma de sempre, interagindo com a plateia como numa roda de amigos, e relembra a forma pela qual uma de suas mais famosas composições – “As Dores do Mundo” – foi concebida: no momento em que atravessava determinado túnel no bairro de Copacabana. Sob aplausos esfuziantes, Hyldon interpreta aquele sucesso que considera não mais lhe pertencer, mas ao seu público.
 
Ao entoar “Balanço do Violão”, fala de seu prazer em jogar futebol e demonstra a falta que sente de Tim Maia, relembrando quando, num show naquele mesmo palco – outrora, carinhosamente conhecido como Teatro Tereza Rachel, vulgo Teresão – o “síndico” lhe pedira para dar uma palinha, tomando-lhe quase o todo o tempo de sua apresentação. E por falar em saudade, Hyldon mata não só a sua, mas a de todo o público presente, interpretando “Velho Camarada” – em meio à participação da plateia que o acompanha no vocal e que se manifesta coreograficamente com aceno das mãos – seguida de “Primavera” e de “A Lua e Eu”, de autoria de Tim Maia e de Cassiano, respectivamente.
 
Mantendo a força da interatividade com seu público, de forma muito bem humorada, o soulman discorre sobre os efeitos colaterais decorrentes das letras “H” e “Y” presentes em seu nome, o que lhe custou, por muito tempo, ser chamado das mais variadas formas, tais como “Rildon” e “Raydon” – contaminando, cada vez mais, a sala de espetáculos, com um clima descontraído e intimista naquela atípica noite musical de segunda-feira.
 
O carisma de Hyldon derruba todas as barreiras entre palco e plateia com sua interpretação, cheia de emoção e nostalgia, de “Coleção”, de autoria de Cassiano e, como num passe de mágica, transporta todos para uma pista de dança estilo anos setenta, ao som de sua nova música, “Foi no Baile Black” e com “17 Beijos”, de Arnaldo Antunes. Próximo ao final de sua apresentação, Hyldon manda ver com “Homem Pássaro” – música que compõe a trilha sonora do filme Carandiru e, finalmente, encerra o espetáculo, com chave de ouro, com “Na Rua, na Chuva, na Fazenda”.
 
Despretensiosamente, o show de Hyldon conta com uma banda impecável e com um suporte técnico de primeira, responsável pelas operações de som e de luz, e pelo figurino – promovendo a todos uma emocionante viagem ao passado e um retorno ao presente como experiência única, pessoal e intransferível.
 
Demonstrando ser um artista antenado, Hyldon informa, generosamente, que as músicas do seu mais novo CD, podem ser baixadas, gratuitamente, em sua amigável página da web www.hyldon.com.br
 
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Confira abaixo as imagens do show:
 
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