O cantor de 57 anos diz aos leitores de ÉPOCA que lida com intensidade com as derrotas amorosas, os seis casamentos desfeitos e os dois filhos famosos.
Fábio Jr. sempre preferiu cantar suas próprias composições, inspiradas em experiências pessoais. Aos 57 anos – 35 de carreira –, o cantor paulistano lançaÍntimo, seu 25º álbum. Nele, além de cantar a sua “20 e poucos anos” em parceria com o filho Fiuk, também homenageia artistas que o influenciaram, como Hyldon, Djavan e Roberto Carlos. O show do disco lotou duas noites da sala de espetáculos Credicard Hall em São Paulo, nos últimos dias 29 e 30, e será apresentado por todo o país. Em uma pausa na turnê, respondeu às perguntas dos leitores de ÉPOCA.
ENTREVISTA – FÁBIO JR.
QUEM É
Fábio Corrêa Ayrosa Galvão nasceu em 21 de novembro de 1953 na capital paulista. Casou-se e descasou-se seis vezes. Tem cinco filhos, entre eles o cantor e ator Fiuk e a atriz Cleo Pires
O QUE FEZ
Começou a carreira como cantor. Logo passou a atuar em novelas, tornando-se um ídolo de sua geração. Seu maior sucesso da juventude, “Pai”, foi lançado em 1979 na série Ciranda cirandinha, da Globo, em que atuava
Quando voltará a atuar como ator?
Celso Moessa, Goiânia, GO
Fábio Jr. – Eu sinto saudade de atuar, mas não tenho nenhum projeto de voltar. Estou focado na música e nos shows, ficaria muito difícil conciliar as duas carreiras. Já fiz muito isso, hoje não dá mais.
Você gosta mais de cantar ou de representar?
Pio Barbosa Neto, Fortaleza, CE
Fábio Jr. – De cantar, sem dúvida nenhuma.
Como você administra esse seu imenso coração, que parece ter sempre vaga para um novo amor?
Maria Terezinha Santellano, Porto Alegre, RS
Fábio Jr. – Sabe que estou sozinho agora? (Risos.) Mas uma hora pinta alguém.
Com o aumento da pirataria de CDs e DVDs, as gravadoras e os artistas preferem atualmente investir em shows. Como você vê essa mudança? Em sua opinião, essa é a melhor solução?
Alden Starling, Sabará, MG
Fábio Jr. – Na realidade, não vejo isso como uma mudança. Porque shows, nós, cantores, sempre fizemos. O que está acontecendo é uma queda nas vendas de CDs e DVDs, e as gravadoras tiveram de buscar outras opções.
Existe alguma música que você cantou ou compôs que marcou sua vida?
Ana Cláudia de Lima e Freitas, Uberlândia, MG
Fábio Jr. – “Pai”, sem dúvida. Foi a primeira música que estourou em minha carreira e fiz para o meu pai. É a música mais importante para mim.
Você já deixou de interpretar uma música que compôs por ela ser inspirada em alguma paixão que gostaria de esquecer?
Domitila Belém, Belém de Caiçara, PB
Fábio Jr. – Não, de jeito nenhum.
“Estou sozinho. Mas uma hora pinta alguém”
Em duas de suas músicas, você cita o que parece ser uma vontade de ser feliz “durante o dia”. Por ser um homem da noite, você acha que nunca teve uma vida plena, uma família, nunca foi totalmente feliz? Essa é a conotação da frase “ser feliz durante o dia”?
Marcos de Paula, Mogi Guaçu, SP
Fábio Jr. – Eu sou feliz, sempre, em todos os momentos da minha vida. Claro que, com a vida que tenho, fiquei ausente algumas vezes, mas sou muito feliz assim.
Em seus relacionamentos, você se declara feliz e apaixonado, mas num piscar de olhos tudo acaba. Você tem problema com casamento, não sabe lidar com a convivência a dois, não tem sorte com as mulheres ou é aquele tipo de homem que não se contenta em passar o resto de sua vida com uma só mulher?
Érica Gonçalves, Natal, RN
Fábio Jr. – Não, quando eu entro em uma relação é para valer, sou feliz e completamente apaixonado, mas nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos… Mas eu não desisto nunca! (Risos.)
Afinal, o que de tão profundo e gigantesco você busca numa mulher?
Ana Maria dos Santos, Campestre, AL
Fábio Jr. – Nada de mais, somente que ela seja ela mesma.
Essa sua imagem de objeto sexual não lhe causa mal-estar?
Waldemar Rego Junior, Aparecida de Goiânia, GO
Fábio Jr. – (Risos.) De jeito nenhum. É tão bom ouvir isso com 35 anos de carreira.
Como você, que é notável conquistador, lida com os ganhos e as perdas do amor?
Bruno Santos, Brasília, DF
Fábio Jr. – Como eu lido com tudo na minha vida, vivo o momento o máximo que posso. Se está doendo, deixo doer, uma hora passa.
Fábio, o grande público ainda não conheceu Záion, embora uma ou outra foto tenha vazado nos perfis de rede social. Preservá-lo das câmeras é um cuidado proposital ou ocasional?
Aline de Oliveira, Canoas, RS
Fábio Jr. – Os dois.
Como você e o Fiuk construíram uma relação pai-filho tão saudável? Qual é o segredo de ser pai?
Levir Almeida, Brasília, DF
Fábio Jr. – Nós temos uma relação muito boa, temos uma cumplicidade, uma sintonia… Eu acredito que ser pai é, acima de tudo, ser amigo. E isso eu sou dos meus filhos, com certeza.
Sendo pai de Fiuk, você se tornou conhecido das adolescentes fãs do trabalho de seu filho. Como é sua relação com elas? Você acha que elas se tornaram suas fãs também?
Lilian Caron, Americana, SP
Fábio Jr. – Sabe que isso é muito legal, as mães estão levando as filhas nos meus shows, e eu sempre escuto: “Cadê o Fiuk?” (risos), mas o bacana é que elas curtem.
Em relação a Cleo Pires, você aprovou que ela seguisse a carreira de atriz?
Leila Maciel da Rolt, Bento Gonçalves, RS
Fábio Jr. – Claro! Eu apoio os meus filhos em tudo o que eles decidirem para a vida deles. E a Cleo é muito talentosa, eu tinha certeza de que ela se daria bem.
Alguma vez já pensou em largar sua carreira por algo? Algo talvez que pudesse até ser fútil ou então em razão de ter mais tempo para a família?
Samuel Fellipe V. Cruz, Fortaleza, CE
Fábio Jr. – Não, nunca. Eu sempre soube o que queria para a minha vida, e não abro mão da minha carreira por nada.
Qual é seu maior medo? E mania? Tem alguma?
Luiza Andrade, Itabuna, BA
Fábio Jr. – Medo… Não tenho. Mania… Incenso, adoro, sempre tem um aceso por perto.