Hyldon se une à Héli, cantora brasileira radicada nos EUA, para nova versão de clássico da soul music brasileira

Em 2025, o álbum Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda completa 50 anos e marca a estreia de Hyldon na indústria fonográfica. Considerado um clássico da soul music brasileira, o disco contém diversos hits que já foram regravados por uma infinidade de artistas. Agora, a música quase homônima ao disco, “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha de Sapê)”, ganha uma versão mais que especial com a cantora brasileira radicada em Miami, Héli. “Hyldon não só liberou a versão, como fez questão de participar da faixa”, conta Héli sobre o que acabou se tornando uma parceria e teve também a produção do compositor do clássico, além dos arranjos de Kiko Continentino (Azymuth).

Héli, assim como tantos brasileiros, tem uma ligação afetiva e familiar com essa música: “Meus pais se casaram em 1974. A canção embalou a lua de mel e meus pais tocavam e cantavam a música em todas as reuniões familiares. Não podia faltar a ‘Casinha de Sapê’. Dessa forma, Hyldon foi muito presente na minha infância”, diz a cantora, que resolveu fazer a gravação após um luto: “Ano passado, meu pai faleceu. Com isso, eu resolvi me conectar com tudo o que nos ligava. Entrei em contato com Hyldon, que foi muito amável desde o primeiro momento”. Rapidamente, Héli já criou um forte laço com o novo parceiro de gravação: “Eu chamo Hyldon de ‘professor’ porque nós sempre estamos aprendendo muito com ele. É um grande compositor, cantor, e tem o coração enorme!”, afirma a cantora.

Hyldon comemora a regravação e lembra de outros artistas que já revisitaram seus clássicos: “São 50 anos de alegrias! Muita gente regravou músicas desse disco, de Jorge Aragão a Tim Maia, passando por Wando, Jeito Moleque, Kid Abelha, Richard Clayderman, Jota Quest, Golden Boys e tantos outros. Muita gente canta em shows também, como Seu Jorge e Thiago Iorc. Uma honra pra mim”, comenta o compositor, que completa: “Fico lisonjeado e feliz em festejar esses 50 anos com a gravação da Héli! Ela veio ao Brasil especialmente para gravar comigo e está lindo!”, conclui.

Além das regravações, Hyldon também gosta de citar o histórico da música “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha de Sapê)” no audiovisual. A composição aparece em “Vira Lata” (novela, 1996), “Cidade de Deus” (2002, Fernando Meirelles e Kátia Lund), “Divã” (2009, José Alvarenga Jr.) e “Um Namorado para Minha Mulher” (2016, Julia Rezende). Outras músicas do disco Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda aparecem em obras como “O Homem do Ano” (2003, José Henrique Fonseca), “Carandiru” (2003, Hector Babenco), “Dom” (série, 2021), “Antônia” (2007, Tata Amaral) e “Senna” (série, 2024). Hyldon também está presente na filmografia do diretor Carlos Reichenbach com a faixa “Amor, Riso e Lágrimas” na obra “O Paraíso Perdido” (1981).

“Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha de Sapê)” é um clássico atemporal que agora ganha uma versão afetiva de Héli. Além do single, a música ganha também um clipe, gravado no Brasil, que mostra toda essa ligação sentimental que a música proporciona.